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Atualização constante a respeito das legislações

OAB decreta luto pela morte de Dom Paulo Evaristo Arns

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016 às 13h24

É com tristeza e pesar que a OAB recebe a notícia do falecimento do Arcebispo Emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, que ao longo de sua trajetória dedicou-se aos mais necessitados e teve papel fundamental na defesa da democracia e do Estado Democrático de Direito, no auge da ditadura militar.

Ao decretar luto de três dias, o presidente nacional da entidade, Claudio Lamachia, afirmou que “o Brasil perde um abnegado. Um homem que ao longo de sua trajetória de vida e fé dedicou-se a dar voz aos que não podiam falar e a defender os que mais necessitavam de apoio. A OAB perde um amigo fraterno, companheiro de tantas lutas”.

Em 2004, na primeira sessão do Conselho Pleno da gestão do ex-presidente Roberto Busato, Dom Paulo enviou uma mensagem de reconhecimento e agradecimento ao papel da entidade e da advocacia durante a ditadura, momento em que "o socorro jurídico era tão difícil."

Em 1972 criou a Comissão Justiça e Paz de São Paulo e, como presidente regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), liderou a publicação do “Testemunho de paz”, documento com fortes críticas ao regime militar que ganhou ampla repercussão à época.

Presidiu celebrações históricas na Catedral da Sé, no Centro de São Paulo, em memória de vítimas da Ditadura Militar.

Também teve papel importante em favor das vítimas da ditadura na Argentina, em 1976. O ativista de direitos humanos argentino Adolfo Perez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980, disse que foi "salvo duas vezes" por dom Paulo Evaristo Arns durante a ditadura no Brasil.

Em 1985, criou a Pastoral da Infância, com o apoio de sua irmã, Zilda Arns, que morreu no terremoto de 2010 no Haiti, onde realizava trabalhos humanitários.



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